No texto “O que é ciência afinal”, no capítulo IV, Chalmers
oferece uma posição falsificacionista para explicar o progresso da ciência. Primeiro
ele diz que os falsficacionistas não aceitam que as hipóteses surgem através de
observações; as teorias surgem, são observadas e são analisadas como falsicacionistas
ou não. Depois são testadas para verem se são verdadeiras. Se não forem,
precisa ser proposta uma nova teoria. Se forem, elas são postas à prova, são
cada vez mais filtradas, por assim dizer, até que surja uma hipótese que não
seja comprovada, e assim a ciência evolui. Tomando como exemplo de como o
morcego faz para se desvencilhar de obstáculos, primeiro é questionada a
hipótese de que os morcegos enxergam com os olhos como os seres humanos;
questão essa que não foi observada, mas sim apenas especulada. Um falsicacionista
então faz o teste, com um morcego, num quarto escuro e com os olhos vendados. Como
ele continua se desvencilhando dos obstáculos, é preciso testar uma nova
hipótese. Então, surge a ideia de que os ouvidos do morcego é que estão envolvidos
no processo do morcego se desvencilhar de objetos no escuro. Quando se faz o
teste com um morcego em específico em um quarto escuro, com seus ouvidos
tampados, ele passa a esbarrar nos objetos. Então, a hipótese que é comprovada,
é que aquele morcego utiliza seus ouvidos no processo de não esbarrar em
objetos. É dai que surgem as premissas do método indutivo
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