domingo, 14 de agosto de 2016

Karl Popper - O Incremento do conhecimento científico

No texto, Karl Popper afirma que nós já temos uma ideia pré-concebida de que tipos de teorias representam um avanço na ciência se quando submetidas a testes forem comprovadas.  Sua primeira tese diz que são teorias que podem ser mais severamente testadas do que a teoria anterior a que ela quer corroborar: a conjunção a.b é sempre maior ou igual do que as teorias a e b. Isso vai contra a lei dos cálculos da probabilidade: p(a) > p(a.b) < p(b). Isso significa que o conteúdo aumenta de acordo com o aumento da improbabilidade e vice versa. Se quisermos avançar o conhecimento do conteúdo, temos que ter um grau baixo de probabilidade. Sendo assim, o grau de probabilidade de um enunciado “a” significa o grau de fraqueza lógica de tal enunciado, e a probabilidade relativa de um enunciado “a” em relação a um enunciado “b” significa o falta de informação nova que “a” apresenta em relação a “b”.

O conhecimento científico progressivo entra em contraste com o sistema de premissas que só podem ser concebidas através de observação, e as hipóteses científicas só podem ser desenvolvidas através de sistemas dedutivos. Mas uma teoria só se torna racional quando podemos testá-la empiricamente, e em alguns casos, ela resistir a esses testes. A ciência vai avançando enquanto podemos acrescentar teorias que levem a premissas cada vez mais incontestáveis. 

terça-feira, 9 de agosto de 2016

CHALMERS, A. F. O que é ciência afinal?

No texto “O que é ciência afinal”, no capítulo IV, Chalmers oferece uma posição falsificacionista para explicar o progresso da ciência. Primeiro ele diz que os falsficacionistas não aceitam que as hipóteses surgem através de observações; as teorias surgem, são observadas e são analisadas como falsicacionistas ou não. Depois são testadas para verem se são verdadeiras. Se não forem, precisa ser proposta uma nova teoria. Se forem, elas são postas à prova, são cada vez mais filtradas, por assim dizer, até que surja uma hipótese que não seja comprovada, e assim a ciência evolui. Tomando como exemplo de como o morcego faz para se desvencilhar de obstáculos, primeiro é questionada a hipótese de que os morcegos enxergam com os olhos como os seres humanos; questão essa que não foi observada, mas sim apenas especulada. Um falsicacionista então faz o teste, com um morcego, num quarto escuro e com os olhos vendados. Como ele continua se desvencilhando dos obstáculos, é preciso testar uma nova hipótese. Então, surge a ideia de que os ouvidos do morcego é que estão envolvidos no processo do morcego se desvencilhar de objetos no escuro. Quando se faz o teste com um morcego em específico em um quarto escuro, com seus ouvidos tampados, ele passa a esbarrar nos objetos. Então, a hipótese que é comprovada, é que aquele morcego utiliza seus ouvidos no processo de não esbarrar em objetos. É dai que surgem as premissas do método indutivo 

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Popper, K. Capítulo 1 de A Logica da Pesquisa Científica. São Paulo: Editora Cultrix, 1972

No texto, Karl Popper disserta sobre o método dedutivo e o indutivo, excluindo o psicologismo. A dedução utiliza-se da razão que justificam uma teoria através da lógica por asserções; a indução utiliza-se dos métodos empíricos para generalizar resultados e gerar leis universais, tendo que existir, assim, enunciados que sirvam como premissas falseadoras, que podem ser derrubadas pelo método empírico. O psicologismo é a questão de saber como uma ideia nova e o sentimento de convicção dela ocorrem ao homem, o que se opõe à logica do conhecimento científico. Eliminando o psicologismo, se chega a dedução, a indução e à metafísica pela observação do mundo, pelo conhecimento que pode ser submetido a prova e compreendido por todos, ao invés de se basear na intuição.
No texto é citado que há provas posteriores para que a inspiração fosse reconhecida como conhecimento. Quais são? Como se faz a decomposição de uma ideia sem saber da onde ela vem?  Popper também diz que rejeita o Positivismo, dando espaço para o raciocínio que vem puramente da lógica, mas o que se deduz pela lógica não seria justificado por métodos empíricos?
A fonte do questionamento da ciência empírica são as proposições elementares, chamadas de proposições significativas. Isso não resume a ciência à simples dogmas?
 Popper quer encontrar um conceito de ciência para demarcar uma linha entre ciência e ideias metafísicas.  A ciência representa o mundo real. A metafísica representa o mundo transcendental. A resolução do problema de indução sem o psicologismo é dizer que uma hipótese pode ser considerada ou não. Mas não é critério de demarcação – método empírico é. – validez das leis naturais. A falseabilidade é usada pra resolver o problema de demarcação.